SELAGINELLACEAE

Selaginella convoluta (Arn.) Spring

LC

EOO:

3.148.787,682 Km2

AOO:

472,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie ocorre nos estados Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo (Hirai, 2012), Alagoas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Sergipe (CNCFlora, 2011).Os registros botânicos indicam altitude desde o nível do mar do litoral de Espírito Santo (Raquel, L. K., 20137, UEC 57270) até 906m de altitude o Município de Triunfo, PE (Fontana, A. P., 7001, HVASF 9304)No Pantanal a espécie ocorre acima de 120m (Assis; Labiak, 2009)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie amplamente distribuída em diferentes domínios fitogeográficos.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa, floresta estacional decidual, floresta estacional semidecidual e afloramento rochoso (Salino; Almeida; Heringer, 2009).Caatinga arbustiva-arbórea e restinga (CNCFlora, 2011).Campo rupestre ferruginoso (Assis; Labiak, 2009)
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 4.5 Subtropical/Tropical Dry Lowland
Detalhes: Os registros botânicos indicam que a espécie é uma erva, terrícola ou rupícola, que ocorre em locais bem iluminados como a caatinga herbácea-arbórea e afloramentos rochosos, locais pouco úmidos como beira de córregos, mata ciliar do cerrado e restinga. Solo arenoso e pedregoso (CNCFlora, 2011).No Mato Grasso do Sul a espécie foi encontrada sobre bancadas lateríticas, uma formação rupestre ferruginosa, em locais sombreados e com grande quantidade de húmus ou em locais abertos (Assis; Labiak, 2009).Hirai e Prado (2000) relatam que a espécie é rupícola, cresce sobre fina camada de húmus nas encostas de morros graníticos e paredões rochosos ou de gnaisse, mas que também pode ser encontrada com hábito terrestre em barrancos. A espécie ocorre preferencialmente em locais secos e expostos ao sol, podendo estar associado com outras espécies de Vellozia e cactáceas (Hirai; Prado, 2000)A espécie ocorre na cadeia do espinhaço (Salino; Almeida, 2008)

Ameaças (8):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A SEMA descreve como os principais conflitos ambientais da região do Morro do Chapéu o desmatamento (gerado principalmente por atividades agriculturais e retirada de lenha), queimadas, retirada ilegal de areia, regularização fundiária, ocupação irregular de terras.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
No decorrer do processo de ocupação das terras pelo colonizador português, diversos tipos de atividades eliminaram as matas de Pernambuco, tais como a defesa dos colonos contra os ataques constantes de indígenas, as queimadas durantes as freqüentes lutas dos colonizadores contra indígenas, as construção de estradas, barragens, vilas, cidades, mineração, etc. e as derrubadas destinadas ao desenvolvimento da pecuária bovina extensiva e agricultura (canaviais, cafezais, mandiocais, etc). A substituição da Mata Atlântica pela cultura da cana a partir do período colonial representa a principal causa do processo de degradação desse bioma, agravando-se com o pro-álcool, em 1974. O que restou da floresta continua a ser devastada e consumida para usos diversos, além do intenso e desordenado processo de ocupação de sua área de ocorrência (Lima, 1998). Dados de 2010 relatam que dos 9.929.608 ha de Pernambuco coberto por Mata Atlântica, apenas 229.272 ha são remanescentes do bioma (SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A cobertura vegetal do estado do Espirito Santo, antes praticamente toda recoberta pela Mata Atlântica, tem uma história de devastação cujos registros remontam aos do início de sua colonização. A destruição e degradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidade no estado. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração da madeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinus e Eucaliptus), a incidência de espécies exóticas invasoras e sobre-exploração de plantas ornamentais são algumas principais ameaças incidentes sobre a flora do estado (Simonelli; Fraga, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.1.3 Agro-industry farming
"Em 2000, o desmatamento no Pantanal atingiu uma área total estimada em 12.182km². Atualmente, ca. 40% das florestas e savanas foram removidaspara a formação de pastagens, freqüentemente com a introdução de gramíneas exóticas (Harris et al., 2005)."
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Extraction
"A implementação do gasoduto Brasil - Bolívia permitirá o crescimento da exploração de ferro e manganês na Serra do Urucum - MS e a instalação de indústrias petroquímicas, eventos que intensificarão a perda de habitat já verificada no Pantanal e na vegetação do entorno (Harris et al., 2005). "
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
O desmatamento no Cerrado atingiu em 2008 47% da distribuição original do Bioma. Entre 2008 e 2009 7.637km² de cerrados foram desmatados (MMA; IBAMA, 2011). Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão para abertura de novas áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. Além disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para produção de carvão (MMA; IBAMA, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
​O bioma Caatinga esta sobre intenso processo de degradação de forma insustentável, tal como os diversos núcleos de desertificação (Leal; Tabarelli; Silva, 2003)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining
Na região central do Espinhaço, foram identificadas como principais ameaças: a mineração, a expansão urbana, o turismo descontrolado, a criação de gado e as queimadas (Vasconcelos et al., 2008).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
4.4 Protected areas on going
​A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação: Parque Estadual Morro do Chapéu, Estação ecológica de Canudos, BA, APA Morro da Torre, MG, Parque Nacional de Catimbau, PE, RPPN Stoessel de Brito, Estação Ecológica do Seridó, RN, Parque Natural Municipal de São Francisco de Assis, SC, RPPN Fazenda Almas, RPPN Fazenda Tamanduá, PB, Estação Biológica Morro da Vargem, ES, RPPN Trussu e Estação Ecológica Aiuaba, CE (CNCFlora, 2011)
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
​Vulnerável, lesta vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004)

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
​Alguns autores afirmam que a espécie possui uso no tratamento de doenças respiratórias e como sedativo (Hirai; Prado, 2000).
Uso Proveniência Recurso
Bioativo
​Segundo registro botânico, a espécie é usada com remédio para os rins (Windisch, R. W., 365, HSJRP 2826).